Dia das Bruxas

“História de uma Bruxa”

Era uma bruxa que,
como é bem natural,
de vassoura se movia e,
pela calada da noite,
só o mocho é que a via.

Segundo ele, esta bruxa,
à beleza, nada devia:
desdentada e resmungona,
chapéu bicudo e vassoura,
que parecia uma esfregona!

Contava pois este bicho…
a rondar as casas ela andava.
Por certo p’ra castigar alguém,
Uma maçã vermelha, um feitiço,
Fazer o Mal, nunca o Bem!

Os animais comentavam,
só uma bruxa podia ser!
Nunca ali houvera memória
de tanto bicho assustado
com esta terrível história.

Até a gente lá da terra
andava cheia de medo,
pelas janelas espreitando,
a ver se a bruxa lá vinha;
que não viesse, rezando.


Mas um dia a verdade
acabou por se saber.
Não era uma bruxa, afinal.
Era antes a ajudante
do nosso querido Pai Natal!

Andava ali pelos céus
numa missão importante:
a espreitar em cada lar,
ver quem mais fome passava,
para ao Pai Natal contar.

Ela uma lista fazia,
do que as gentes precisavam
P’ra não viverem tão mal.
Depois o seu chefe tratava
de lhes dar um Bom Natal!

(…)

Quando virem uma bruxa
a espreitar à vossa porta,
tenham, pois, muita atenção.
As aparências iludem e
há bruxas que não o são …

… e têm bom coração!

Professora Cláudia Mota

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